O CONHECIMENTO DIALÉTICO
Se o mundo concorda sobre a beleza, é porque existe a feiúra.
Se todos concordam sobre o bem, é porque existe o mal.
O “ser” e o “não-ser” nascem um do outro;
o difícil e o fácil são complementares;
o longo e o baixo nascem por comparação;
o alto e o baixo são interdependentes;
o som e o silêncio estão em mútua harmonia;
o anterior e o posterior são correlativos.
É por isso que o Sábio entrega-se ao Não-agir, e ensina silenciosamente.
As coisas inumeráveis são feitas sem a menor palavra.
A Natureza dá nascimento mas nada possui.
Ela age, mas não exige nenhuma submissão.
Ela tem mérito, mas não o reclama.
O fato de que ela nada pretende a torna indispensável.
A MELHOR ATITUDE
A melhor atitude é semelhante ao comportamento da água.
A água serve a todas as coisas sem rivalizar com elas.
Ela procura os lugares que o homem abomina.
Assim fazendo, ela se aproxima do Tao.
Para vossa moradia, escolhei bem vosso terreno.
Cultivando o coração-espírito, sondai as profundezas.
Em vossas relações com as pessoas, tratai-as bem.
Quando falardes, esforçai-vos por cumprir a palavra.
Quando governardes, corrigi vossa atitude.
Quando servirdes, servi bem.
Quando agirdes, escolhei o bom momento.
Sem repreensão é aquele que não procura comparar-se com os outros.
Fragmentos do livro TAO TE KING (TAO TE CHING), conta uma landa japonesa que certo monge, entusiasmado pela beleza do livro resolveu levantar fundos para traduzir e publicar aqueles versos em su lingua pátria. Demorou dez anos para conseguir o suficiente.
Entetanto, uma peste assolou seu pais e o monge resolveu usar o dinheiro para aliviar o sofrimento dos doentes. Mas, assim que a situação se normalizou, de novo partiu para arrecadar a quantia necessaria para publicação do TAO.
Mais dez anos se passaram, e quando ja se preparava para imprimir o livro, um maremoto deixou centenas de pessoas desabrigadas.
O monge denovo gastou o dinheiro na reconstrução de casas para os que tinham perdido tudo. Mais dez anos correram, ele tornou a arrecadar o dinheiro e finalmente o povo japones pode ler o TAO TE KING.
Dizem os sabios que na verdade este monge fez tres edições do TAO: duas invisiveis e uma impressa. Ele manteve a fé em seu objetivo, mas não deixou de prestar atenção ao seu semelhante.
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